Véspera de aniversário, dia do aniversário e acabei esquecendo de falar que recebi esse convite para um evento que ocorreu domingo, 29 de agosto de 2009, no Parque de Pituaçu, em Salvador, promovido por uma ONG muito ativa e louvável daqui, chamada Célula Mãe.
O evento foi muito bacana. O lugar é super agradável, à beira da Lagoa de Pituaçu.
A Célula Mãe promoveu, entre outras coisas, uma feira de adoção, que aliás acontece todo domingo neste mesmo lugar. Conversei com as meninas, principalmente com a Rita, a responsável pelo evento, sobre as doações, sobre o Omnes Angeli e a nossa futura parceria, o que me deixou muito feliz.
Mas o que me deixou feliz de verdade, foi o fato de ter ocorrido muitas adoções de cães e algumas de gatos na feirinha e ver como aquelas pessoas trabalham de forma abnegada em prol dos peludinhos.
Porém, dizem que "alegria de pobre dura pouco", não é?
Logo que cheguei, fiquei muito preocupada com um cãozinho bem pequeno, pretinho, não muito jovem, mestiço de Pinscher com Daschund, bonitinho, mas latindo muito e tremendo de nervoso. Uma tristeza. Perguntei por que ele estava assim, e me disseram que uma pessoa tinha acabado de chegar lá e deixado o pobrezinho, alegando que a "verdadeira" dona não o queria mais e iria deixá-lo na rua! (Fato muito conhecido por nós que lidamos com esses casos diariamente).
O cão me deixou tão triste...
Era perceptível que tinha sido muito maltratado, pois ninguém podia chegar perto que ele rosnava, latia desesperadamente, tremendo... No final, quando uma protetora foi retirá-lo do cercadinho para colocá-lo na casinha de transporte, ele de tão nervoso, e certamente, por não saber o que iria acontecer (de novo) com ele, mordeu a mão e o braço dela. Abaixei-me para tentar fazer um carinho nele, mas não parava de latir e de repente, ficava estático olhando para um lado da casinha. Puro estresse! Que pena!
Outro fato triste foi uma outra pessoa ter abandonado ali, antes delas chegarem, bem cedo, uma caixa com 12 gatinhos! As protetoras da ONG desconfiam que pode ter sido uma também protetora, que sabia da feira e que, de alguma forma, eles teriam para onde ir, caso não fossem adotados.
Acabou o evento, mas o cãozinho mestiço não me saiu da cabeça...
Pensava em que fim ele poderia ter.
Se não conseguir alguém com a paciência necessária para conseguir, com calma e amor, readaptá-lo a viver com pessoas, e a ter a segurança de que não vai ser mais maltratado...
Se continuar a se comportar daquele jeito, é bem provável que muitos o enquadrem num dos casos permissivos da eutanásia, ou seja, que aleguem que aquele cãozinho judiado por um ser humano anteriormente, seja considerado um cão bravo e sem esperança de reabilitação (caso que não acredito seja o dele).
Não dormi pensando naquele infeliz animal.
Mas como não podia trazê-lo para casa, estou analisando alguma forma de ajudá-lo mais efetivamente. Aliás, se você, que está lendo esse texto agora, tiver alguma ideia, ou se já lidou com algum cão de comportamento semelhante, mande um email, comente, ajude-me de alguma forma, pois aquele cãozinho precisa dessa ajuda.
Por fim, parabenizo a Célula Mãe e seus protetores, membros e voluntários por mais essa iniciativa louvável em busca de mais conscientização das pessoas com relação aos animais.
Muito obrigada,
Claudia Pinelli.
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